Um experimento pioneiro realizado por cientistas da Universidade de Genebra (UNIGE) marcou um avanço significativo no campo da inteligência artificial (IA), ao permitir que duas IAs comunicassem entre si, transferindo conhecimento por meio de instruções verbais e textuais. O estudo desenvolveu uma rede neural artificial com a capacidade de aprender tarefas complexas a partir dessas instruções e, mais impressionantemente, de transmitir o aprendizado para outra IA.
Este feito notável representa um salto em direção à inteligência artificial geral, um conceito até então considerado uma fronteira distante da tecnologia. O experimento utilizou um modelo avançado composto por 300 milhões de neurônios, facilitando o entendimento e a produção da linguagem. Esta abordagem permitiu que uma IA não apenas aprendesse uma tarefa específica, mas também a explicasse de forma que outra IA pudesse replicá-la, demonstrando uma capacidade de interação linguística e cognitiva sem precedentes.
Este progresso reflete as funções cerebrais humanas, imitando as áreas de Wernicke, que interpreta a linguagem, e de Broca, responsável pela articulação das palavras. O sucesso dessa pesquisa sugere que a comunicação e a cognição máquina a máquina podem atingir níveis de complexidade antes imaginados apenas em teoria. A habilidade de uma IA em ensinar e outra em aprender através da conversa inaugura novas possibilidades para o desenvolvimento de tecnologias inteligentes, ressaltando o potencial ilimitado da IA em moldar o futuro da interação digital e do aprendizado autônomo entre máquinas.